terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Junção Cósmica Organizada (JCO)

Sempre que estou preocupado, tenso, prestes a tomar uma decisão difícil e precisando de conselhos, eu vou ao mar.
Na praia, fico olhando o mar e suas ondas, naquele vai-e-vem quase que regular.
É ao mar que jogo as minhas perguntas e, quase sempre, recebo as respostas. Eu digo quase porque algumas eu não consigo escutar ou não quero escutar, como já aconteceu algumas vezes.
Nessas contemplações ao mar tive várias idéias sobre o mundo, sobre mim mesmo, sobre o universo.
Foi numa dessas indagações e respostas do mar que senti um sopro estranho e que assobiou uma idéia sobre o que está acontecendo com o mundo atual. As guerras sem fim no oriente, os preconceitos raciais, os homens e mulheres bombas islâmicos, achando que encontrarão o paraíso com essa atitude e assassinato. Pensei comigo mesmo que tudo faz parte de um plano maior de Deus, onde tudo está acontecendo para que cheguemos a uma reflexão maior.
Aonde vamos parar? O que acontecerá conosco, com nossas vidas, com nosso país, com o mundo?
Pensei que realmente tudo, mas tudo mesmo, está ligado, apesar de estarem em situações, locais e conjunturas diferentes.
E como cheguei a esta conclusão que chamei de JUNÇÃO CÓSMICA ORGANIZADA (JCO)?
Se isso tudo acontecesse há uns vinte anos atrás, nada disso estaria tão enfático. A organização está no fato da seqüência lógica dos acontecimentos:
Primeiro há o invento das comunicações (rádio, televisão, telefone, celular, Internet, etc), num crescendo em nível de interação e abrangência. Todos os lares, ou ainda quase todos, têm televisão e Internet. Rádio nem se fala; com isso o mundo ficou pequeno. As pessoas estão mais próximas umas das outras, as notícias chegam instantaneamente em todos os lares em questão de segundos, as torres gêmeas caíram e no mesmo instante temos o plantão JN.
Isso nos faz ir ao segundo passo, que é a convivência com as diferenças, nem sempre amigáveis: Islã contra católicos, árabes versus judeus, brancos versus negros, sulistas versus nortistas. Cavando um abismo muito grande entre castas e grupos ideológica, geográfica e economicamente díspares. Isso nos faz pensar que o homem poderia muito bem utilizar as diferenças para fazer um mundo melhor, pois a diferença é que faz a coisa ficar engraçada e encantadora.
Os conflitos nos levam à exaustão, à perplexidade, à intolerância, à insatisfação e ao desespero, e, quando isso ocorre, segundo exemplos cíclicos que já aconteceram na história da Terra, os homens se voltam para Deus.
Deus, que está em todas as religiões e que acalma, pacifica, consola. Deus, o grande organizador do Universo, está somente esperando que estendemos os braços para o alto e imploremos ajuda.
Vocês poderiam estranhar: Mas foi Deus então que tramou tudo isso?!.
Não! Deus não tramou, mas sabia de tudo, antes de tudo começar. Não deixaria que acontecesse o pior: a aniquilação da raça humana, mas é necessário que haja esse sofrimento para que, não os mais fortes, mas os mais humildes, peçam ajuda e Deus, com certeza, os ajudará.
E o que o Cosmo tem a ver com tudo isso?
Isso foi uma pergunta que fiz ao mar e que recebi a seguinte resposta: tudo está ligado na terra, no ar, na água e no Universo. Somos feitos do mesmo material que existe em Júpiter e em toda a Via Láctea. O que acontece numa represa que tem muitas algas, prejudica o ecossistema, que prejudica aquela região, incomodando a outra, que fica sem peixes para o jantar, que não exporta para o outro país, que entra em briga com o país que não mandou os peixes e, por isso, não envia o trigo necessário; o outro tem que cortar mais árvores para ter mais campos de trigo, que torna o ar ruim para todo o planeta, que explode numa guerra nuclear, que afeta os outros planetas que ficam instáveis em suas órbitas, convergindo para o Sol ou saindo para o Universo, virando um planeta errante.
Tudo está ligado e temos que parar de dizer que não importa o que está acontecendo com o vizinho que está passando necessidades, pois isso um dia, com certeza, irá também nos afetar.
A vida segue em frente e não estamos sozinhos na rua, no bairro, no país, no planeta. Somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai, que nos uniu neste planeta para aprendermos a conviver uns com os outros, na mais perfeita harmonia, utilizando os recursos de forma inteligente e aproveitando justamente essas diferenças de culturas, de climas, de recursos minerais e agrícolas, para o benefício de todos.