domingo, 30 de setembro de 2012

Carta à Humanidade

Carta à Humanidade

Caros irmãos, viajantes pelo universo, nesta nave espacial chamada Terra.
Vocês têm, tantas vezes, um pensamento tão pequeno em relação ao Universo, brigando por pedaço de chão, uns contra os outros, de forma tão mesquinha , egoísta e insignificante. Não veem que a nossa Terra não é nada em relação ao Universo inteiro, com suas centenas de galáxias, centenas de milhões de estrelas, e centenas e centenas de milhares de outros mundos iguais ou maiores que o nosso?
Por que somos tão ignorantes, egoístas, intolerantes e preconceituosos?
Vivemos em um mesmo pedaço de chão, compartilhado uns aos outros.
A Terra não nos pertence, ela nos foi emprestada por Deus, para pousarmos por uns tempos e aprendermos com os nossos erros. Estamos aqui temporariamente para evoluir intelectual e, principalmente, moralmente.
Somos viajores do Universo tendo toda a eternidade para descobrir, estudar, ensinar, progredir e amar.
Quanto tempo vocês perdem querendo se matar uns aos outros. Não percebem que isso não adianta? Não veem que estamos fazendo isso a milênios e não aprendemos que em todas as guerras não há vencedores, só vencidos?
Os líderes do mundo fazem as guerras, com as suas prepotências, preconceitos e intolerâncias, mas quem vai realmente lutar na guerra? São os líderes? Não. São as pessoas mais simples que morrem nos campos de batalha, que se explodem como homens ou mulheres bombas, são as crianças que morrem de fome, órfãs de pais e mães levados pela guerra, são os anônimos que nem sabem às vezes por que estão ali. Saíram de seus lares, deixaram seus entes queridos, para lutarem pela “pátria”. E onde estão os líderes? Na frente de batalha? Não. Estão nos seus gabinetes confortáveis ou nos seus bunkers protegidos. Já que eles inventaram de fazer a guerra, não deveriam ser os primeiros a estar na frente de batalha?
Quem precisa de líderes assim?!
Nós, as pessoas simples, poderemos mudar esse destino inglório.
Em vez da guerra, vamos fomentar a paz entre os povos.
Em vez da intolerância, vamos cultivar a paciência e respeitar as diferenças.
Em vez do ódio, vamos praticar o amor e o perdão às ofensas.
Não se combate fogo com fogo.
Podemos e conseguiremos mudar o ambiente do nosso mundo, fazendo com que os líderes deixem de ser ignorantes e deixem de gastar tanto dinheiro na fabricação de armas. Se gastássemos metade do que se gasta no mundo hoje em armamento, com a educação gratuita e de boa qualidade, com a agricultura nos campos, com o combate à poluição do ar e das águas, com ajuda humanitária aos países menos desenvolvidos, teríamos um mundo infinitamente melhor, sem fomes, sem guerras, sem preconceitos, sem doenças, com mais qualidade de vida e mais empregos para todos.
Um mundo onde possamos viver com mais dignidade, respeito, compreensão e alegria.

Jorge Cruz de Oliveira Junior
Olinda, 30 de setembro de 2012.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Reflexões

Gosto de andar pela praia. Vendo e sentindo os olhares das pessoas.
Vejo olhares apaixonados de casais,
Velhos andando ainda de mãos dadas,
Crianças brincando e sorrindo, com aquela alegria da juventude,
Aquela graça que não temos mais,
E me perguntei: Onde perdi a graça da vida?
Lembro que gostava de brincar, de rir, de dançar e me divertir.
Hoje só faço o que é responsável. Cresci.
Quando crescemos perdemos a graça, o sorriso, a irreverência, a irresponsabilidade.
Posso até me divertir, sorrir, mas quase sempre contido, como que por medo de ser ridículo.
Como diz a música: os loucos é que são felizes. Louco é o que me diz que não é feliz.
Na praia, outro dia, ouvi uma gargalhada de uma criança de uns dois anos.
A gargalhada mais linda que ouvi nos últimos 10 anos.
Pelo motivo mai banal: jogar água da mamadeira na irmã mais velha.
Lembrei que rimos assim geralmente pelos motivos mais banais.
E precisamos de motivos para rir?
Não.
Mas, infelizmente, hoje sempre procuramos motivos para sermos felizes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

R-Evolução (Real Evolução)

Estou cansado de ver tanta separação,
Tanto preconceito, Tanto racismo, Tanto desamor.
Precisamos evoluir moral, ético e culturalmente.
Precisamos fazer a revolução do amor,
Derrubar fronteiras, regimes totalitários, regimes podadores de opinião.
Derrubar idéias preconcebidas e desumanas.
Quebrar os ódios entre povos, entre religiões e entre raças.
Lembrar que estamos todos num mesmo planetinha do sistema solar,
Onde qualquer cometa de 30 a 40 km de extensão pode acabar.
E acabaria com a vida neste planeta, mas não a mente e a alma humanas.
Somos eternos, como disse Jesus,
Mas nem por isso temos que ficar de braços cruzados.
Esperando o que?
Precisamos fazer a R-Evolução e fazer cair a ficha nos que ainda pensam que são onipotentes,
Renitentes e decadentes é isso o que são.
Precisamos derrubar as barreiras da opressão, do ódio, do “EU, só EU”.
Derrubar a hipocrisia, o materialismo, o consumismo desenfreado, a falta de caridade e compreensão.
Evoluir: essa é a nossa sina.
Mais cedo ou mais tarde, todos perceberão que não haverá mais outro caminho.

O Homem da Colina

Aproximei-me da colina,
Sabia que precisava subir.
No cume da colina avistei um home alto,
De porte altivo, sozinho, contemplando o infinito.
Tive receio de lhe atrapalhar com a minha chegada.
Parecia estar em êxtase ou orando.
Cheguei devagar e com respeito,
Pois Ele me impressionava.
Perto Dele, olhei-o de frente e seus olhos fitaram os meus.
Meu corpo se sentiu eletrizado ante aquele olhar.
Quis baixar meus olhos, com vergonha de não merecê-Lo.
Mas Ele segurou a minha face e não deixou que desviasse o olhar.
Não precisei falar nada, pois Ele já sabia de tudo.
Todo meu sofrimento, minha angústia, meus erros, minhas quedas.
Perguntou-me o que queria ali, naquele momento.
Fiquei mudo e não me lembrei de nada que queria.
Apenas chorei e, a cada lágrima derramada,
O peso em minha alma foi diminuindo.
Sabia que Ele poderia me dar o que quisesse,
O emprego que me falta, notícias de meu pai que morreu,
Mais vontade de fazer o bem, sair da inércia do comodismo,
Mas continuei mudo.
Então Ele sorriu e me falou:
“ Qualquer que seja seu sofrimento,
Qualquer que seja sua dor,
Qualquer que seja sua desesperança,
Pensa em Mim e tudo lhe será resolvido,
Pois você é mais importante para mim do que você pensa.
Cada ser deste planeta segue os desígnios de Meu Pai.
Tudo tem uma razão de ser, tenha paciência e fé.
Continua sua jornada que eu estarei sempre do seu lado.”
Dizendo isso, Ele beijou a minha fronte, limpou minhas lágrimas,
E foi sumindo, bem devagar.
Hoje, olho sempre para o céu e bendigo a vida.
Essa vida que quase sempre é dura, mas sempre preciosa para Deus.

terça-feira, 6 de julho de 2010

MEDO

Todos nós temos algum de tipo de medo: medo de avião, medo de escuro, medo de fantasma, medo de perder o emprego e até medo de ter medo.
Por vezes, esses medos ficam guardados lá no mais profundo canto da nossa alma, e outras não, estão a flor da pele. Quando o estamos controlando é ótimo, pois serve até de incentivo para que o medo não se alimente, mas quando está presente, ai esse atrapalha tudo.
Há um travamento total de nossas ações. Sentimo-nos como que amarrados a um peso de cinqüenta quilos, a garganta fica tão fechada que não conseguimos emitir nenhum som e a mente fica lenta como um deficiente mental e não conseguimos articular um pensamento lúcido e inteligente.
Como nos soltar desse medo? Como reduzi-lo ao mínimo?
São perguntas difíceis de responder. Se soubesse a resposta lançaria um livro de auto ajuda que seria líder de vendas, mas creio que o primeiro passo, assim como o alcoolismo, é dizer e assumir que tem o medo. Não adianta ficar mentindo para os outros e para você mesmo que o problema não é esse. Não adianta mascararmos o medo porque todos que estão à nossa volta percebem pelos sinais explícitos que emitimos e descritos acima.
Depois que assumirmos que temos esse problema, temos que ter a coragem de enfrentá-lo. A solução de um problema só pode ser alcançado com o enfrentamento deste. Não adianta fugirmos para outro local, outro emprego, outra cidade ou país. O problema do medo está dentro de nós e seguirá conosco por toda a vida até que um dia o enfrentemos e o coloquemos no seu devido lugar.
Então vamos ficar sem medo de ser feliz.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Junção Cósmica Organizada (JCO)

Sempre que estou preocupado, tenso, prestes a tomar uma decisão difícil e precisando de conselhos, eu vou ao mar.
Na praia, fico olhando o mar e suas ondas, naquele vai-e-vem quase que regular.
É ao mar que jogo as minhas perguntas e, quase sempre, recebo as respostas. Eu digo quase porque algumas eu não consigo escutar ou não quero escutar, como já aconteceu algumas vezes.
Nessas contemplações ao mar tive várias idéias sobre o mundo, sobre mim mesmo, sobre o universo.
Foi numa dessas indagações e respostas do mar que senti um sopro estranho e que assobiou uma idéia sobre o que está acontecendo com o mundo atual. As guerras sem fim no oriente, os preconceitos raciais, os homens e mulheres bombas islâmicos, achando que encontrarão o paraíso com essa atitude e assassinato. Pensei comigo mesmo que tudo faz parte de um plano maior de Deus, onde tudo está acontecendo para que cheguemos a uma reflexão maior.
Aonde vamos parar? O que acontecerá conosco, com nossas vidas, com nosso país, com o mundo?
Pensei que realmente tudo, mas tudo mesmo, está ligado, apesar de estarem em situações, locais e conjunturas diferentes.
E como cheguei a esta conclusão que chamei de JUNÇÃO CÓSMICA ORGANIZADA (JCO)?
Se isso tudo acontecesse há uns vinte anos atrás, nada disso estaria tão enfático. A organização está no fato da seqüência lógica dos acontecimentos:
Primeiro há o invento das comunicações (rádio, televisão, telefone, celular, Internet, etc), num crescendo em nível de interação e abrangência. Todos os lares, ou ainda quase todos, têm televisão e Internet. Rádio nem se fala; com isso o mundo ficou pequeno. As pessoas estão mais próximas umas das outras, as notícias chegam instantaneamente em todos os lares em questão de segundos, as torres gêmeas caíram e no mesmo instante temos o plantão JN.
Isso nos faz ir ao segundo passo, que é a convivência com as diferenças, nem sempre amigáveis: Islã contra católicos, árabes versus judeus, brancos versus negros, sulistas versus nortistas. Cavando um abismo muito grande entre castas e grupos ideológica, geográfica e economicamente díspares. Isso nos faz pensar que o homem poderia muito bem utilizar as diferenças para fazer um mundo melhor, pois a diferença é que faz a coisa ficar engraçada e encantadora.
Os conflitos nos levam à exaustão, à perplexidade, à intolerância, à insatisfação e ao desespero, e, quando isso ocorre, segundo exemplos cíclicos que já aconteceram na história da Terra, os homens se voltam para Deus.
Deus, que está em todas as religiões e que acalma, pacifica, consola. Deus, o grande organizador do Universo, está somente esperando que estendemos os braços para o alto e imploremos ajuda.
Vocês poderiam estranhar: Mas foi Deus então que tramou tudo isso?!.
Não! Deus não tramou, mas sabia de tudo, antes de tudo começar. Não deixaria que acontecesse o pior: a aniquilação da raça humana, mas é necessário que haja esse sofrimento para que, não os mais fortes, mas os mais humildes, peçam ajuda e Deus, com certeza, os ajudará.
E o que o Cosmo tem a ver com tudo isso?
Isso foi uma pergunta que fiz ao mar e que recebi a seguinte resposta: tudo está ligado na terra, no ar, na água e no Universo. Somos feitos do mesmo material que existe em Júpiter e em toda a Via Láctea. O que acontece numa represa que tem muitas algas, prejudica o ecossistema, que prejudica aquela região, incomodando a outra, que fica sem peixes para o jantar, que não exporta para o outro país, que entra em briga com o país que não mandou os peixes e, por isso, não envia o trigo necessário; o outro tem que cortar mais árvores para ter mais campos de trigo, que torna o ar ruim para todo o planeta, que explode numa guerra nuclear, que afeta os outros planetas que ficam instáveis em suas órbitas, convergindo para o Sol ou saindo para o Universo, virando um planeta errante.
Tudo está ligado e temos que parar de dizer que não importa o que está acontecendo com o vizinho que está passando necessidades, pois isso um dia, com certeza, irá também nos afetar.
A vida segue em frente e não estamos sozinhos na rua, no bairro, no país, no planeta. Somos todos irmãos, filhos de um mesmo Pai, que nos uniu neste planeta para aprendermos a conviver uns com os outros, na mais perfeita harmonia, utilizando os recursos de forma inteligente e aproveitando justamente essas diferenças de culturas, de climas, de recursos minerais e agrícolas, para o benefício de todos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quem Somos nós?

Não sei se vocês sentem o mesmo, mas eu sempre me senti como se houvessem outros "eus", tão verdadeiros quanto o oficial, dentro de mim.
Uma hora eu sou fã de guerras (principalmente as antigas), ao mesmo tempo que gosto de paz e luto por ela em todos os cantos do mundo.
Uma hora sou calmo e paciente, outra sou agoniado e apressado.
Uma hora sou amante da natureza e noutras adoro uma cidade grande.
Não sei quem realmente eu sou, ou mais, sou tudo isso mesmo, um pouco de tudo que formam a pessoa que sou hoje.
O segredo é aproveitar o bom de cada "eu" para compor o "eu" atual e não deixar que os passados interfiram ou sobreponham o de hoje.